2010-07-20

30 minutos

Hoje quero desabafar rapidamente, em apenas 30 minutos.

Optei por vir para aqui, em vez de ir ver uma série porque preciso de não estupidificar. Preciso de sentir que estou a fazer alguma coisa de útil com o meu tempo... e é claro que a definição de utilidade vai ser agora posta à prova. Se me sentir bem depois de acabar este texto (que na realidade nunca fica totalmente acabado), terá valido a pena.

Nem sei por onde começar... posso começar pelas loucuras do fim de semana, posso divagar sobre as... "impressões" interiores que ando a sentir (que não são num sentido figurado), ou posso ainda divagar sobre o que fiz num dos dia de trabalho mais parvos que já tive na vida... eventualmente posso dissertar sobre as últimas duas horas que gastei numa reunião de co-administradores do meu condomínio... mas nada disso é particularmente memorável.

A decisão sobre um tema está um pouco complicada... o que está relacionado com a minha integridade física. Sei que hoje não me sinto em forma (ainda não recuperei da despedida de solteiro... que degredo), o que tem uma grande influência sobre a minha capacidade criativa, mas tenho a certeza que depois de dormir em condições hoje, vou estar muito melhor e que vou conseguir voltar a este espaço e fazer algo de produtivo.

Até lá, tento encontrar algum sentido para esta apatia que sinto. Tu por um lado, estás a ter o problema da tua vida (espero sinceramente que não te volte a acontecer uma coisa destas negativa com tamanha intensidade...). Pediste-me apoio como homem da tua vida, que agora tive a confirmação que sou... embora seja tudo naquele formato que tão mal definimos. Sou teu amigo, preocupo-me contigo e partilho da tua angústia... mas não me vou tornar ser o teu namorado... e acabo de receber mais um sms teu no preciso momento em que escrevo estas palavras.

E, neste momento deixo a apatia e passo a sentir-me um pouco frustrado. Por ti, por mim... por toda a situação que agora existe entre nós. Tens confiança em mim, em tenho confiança em ti, partilho-te coisas sem qualquer tipo de problemas e sei que fazes o mesmo comigo e andamos neste limbo de nos entretermos um ao outro enquanto não conseguimos arranjar ninguém que nos preencha melhor.

E acabo de perceber que rumo dar a este post. Agarro nas palavras que um amigo meu me deu no outro dia enquanto recuperava da tampa que levei: "Tu tens sorte... consegues estar a viver as duas situações ao mesmo tempo". Sim deve ser "sorte", encontrar alguém com todo o potencial para, pelo menos, iniciar uma relação, porque (aparentemente) preenche (quase) todos aqueles requisitos que são importantes (sim eles existem e são importantes, não me venham com coisas), ao mesmo tempo que estou do outro lado da barricada para aquela *não* relação que já dura há já quase um ano. E, ainda por cima, ontem não consegui estar contigo no festival (também ia ser uma confusão do caraças, já deu para perceber) e hoje ao falar contigo pela Internet não me despedi com grande convicção (estava ocupado, distante e, sinceramente, não me apeteceu). Gostei que tivesses sido tu a tomar a iniciativa de começar a conversa, mas também o que me isso realmente importa? Preferia que lesses estes textos? Provavelmente não, sinto que já revelei demasiado sobre mim - também o fizeste, mas eu, ao pé de ti, não conseguia ocultar nada.

Por isso esta separação de duas semanas vai ser boa, vai fazer-me bem à cabeça e ao coração.

E gostava que tivesses saudades minhas. E gostava que a tua cabeça te pregasse partidas e te fizesse sentir coisas inesperadas em relação a mim... e sim isto é imaturo, infantil e invejoso. Mas é como me estou a sentir. E é por causa de isso que agora faço alt-tab para ver se no Gmail tu, por acaso, fazes um login para veres o mail antes seguir de férias... e tento decidir se te envio um "mail de despedida" (despedida de quê? porquê? para quê? para te/me chatear?.... para continuar a sonhar com o que não vai acontecer... realmente devia era mas é ir descansar, uma vez que os 30 minutos estão a acabar. O problema é que fiz batota e fui fazendo outras coisas ao mesmo tempo que te escrevia e ... começo a sentir que o meu maior problema é não saber o que quero... e agora ir fumar um cigarro, antes de ir dormir. Raio de hábito).

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