2009-09-30

Olá.

Mais uma noite. Olá. É oficial. Já andava a ameaçar há algum tempo e hoje tive a confirmação. Estou viciado nisto. Passei a maior parte da noite calado, a ouvir, a processar, a pensar no que queria escrever aqui. E depois, acontece sempre o mesmo. Fumo um cigarro, páro para pensar e começo a improvisar. O que pensei antes não é para aqui chamado. Este pedaço de "papel" em que posso escrever livremente toma uma dimensão assustadoramente exigente - à qual tenho que responder. Naturalmente, sem grandes preparações. Sem invenções. Tenho que ser eu. Apenas eu, sem protecções que ajudem a disfarçar quem eu sou na realidade. Gosto disso. Da espontaneidade que me faz sentir.

Escrevo tão depressa quando aqui estou que fico um pouco assustado. Porque não comecei a fazer isto antes? Provavelmente porque nunca imaginei o poder "curativo" que esta prática pudesse ter.  Quer dizer, isto não faz milagres por si só. O que me faz bem é pura e simplesmente deixar-me ir, sem fio condutor, sem estratégia, pelos maravilhosos devaneios que a minha mente me permite.

(...)

Mais uma noite saída. Mas hoje foi diferente. Estava cansado. Queria outra coisa. Queria estar noutro grupo de amigos. Tive ainda uns momentos de conversa com uma personagem diferente, assustadora (mais ou menos) que deu para diferenciar esta saída de terça-feira de tantas outras que temos andado a fazer. Foi isso e outra confirmação - a minha incapacidade de acreditar na capacidade de organização colectiva do ser humano no que toca à política. Pertenço a um grupo, apararentemente, elucidado. Informado e culto. Mas, em apenas cinco pessoas, não havia concordância. Havia pontos em comum, respeito pelo que o outro dizia (pelo menos não havia interrupções infantis - ou estavam reduzidas a um mínimo), mas enquanto que um dizia "Alhos".... o outro dizia "Bugalhos" e "Batatas". Era impossível atingir um ponto de concordância. Se isto é assim, como é que há de ser numa assembleia com centenas de pessoas? Como é que uma pessoa se liberta dos preconceitos e ideais impostos por um partido? Como é que se mantém a identidade, honestidade e integridade no meio de tanta confusão, no meio de tanta característica, tipicamente humana?

Sinceramente não sei. Para mim, a política é como a religião. Gostava de acreditar nela. Gostava de ter fé. Gostava de ter esperança que algo melhor existe e que nos pode conduzir para um futuro melhor. Acredito em pessoas de bom carácter, com um feitio correcto... mas não acredito em *grupos* de pessoas que o façam. Estou céptico neste aspecto. É fácil dizer mal é verdade. Não faço melhor, não me candidato eu (afinal o meu irmão é que herdou todo este género de paixão), mas não consigo deixar de ficar triste.

(...)

A ver se na quinta te vejo. Quando estiveres a ir para fora do país (pessoa 1), quero encontrar-me contigo (pessoa 2). Quero voltar a falar contigo, noutras circustâncias, com menos confusão, com menos erasmus. Vou convidar-te para um copo num local minimamente erudito. Ou pelo menos, giro. O japonês há de ficar para depois - é caro para caraças!

Estou com sono. Vou dormir. Até manhã :)


(***)

Listening to: Orquestrada (álbum quase todo, isto demorou mais tempo do que estava à espera)

2009-09-29

Prima Donna

Consegui rever o trabalho de casa antes de vir para aqui. E vou ver o novo episódio do Dexter quando acabar de escrever este post. Por isso, Resisti novamente à tentação. Fico contente. Já estou mais bem disposto agora. Consegui conciliar obrigação e lazer (ainda pode melhorar, mas hoje não tenho culpa que a consulta tenha demorado 2 horas! Ah e o médico recomenda a operação. Já estava à espera... mas tenho que dormir sobre o assunto para falar decentemente nele).

Agora até estou a pensar em trabalho. Tenho um trabalho para apresentar esta quinta-feira que vou ter de fazer em conjunto com um colega do curso. O enunciado é muito completo(!):

The goal is to make a 30 minutes presentation (including time for discussion) on the topic: Communications. It is up to you to define the contents and the approach to follow for the presentation (be imaginative). You can base your presentation on the readings provided for this module or use any other sources of information.

Portanto... posto isto: Estou perante aqueles trabalhos em que enunciado delega toda a responsabilidade de definir o entregável nos alunos (são grupos de dois), com o mínimo de esforço possível no corpo docente. Deve ser para não terem trabalho. E para sermos avaliados de forma decente, estou a ver que temos de puxar bastante pela imaginação e, já agora, tentar encontrar algo que seja interessante e cativante para as outras pessoas da aula, ou então não, que se lixe...

Bem... pessoas dedicadas devem conseguir (ou pelo menos tentar) fazer actividades menos... errrr... aborrecidas(?) para os restantes elementos da turma. Pessoas pragmáticas devem fazem um resumo das leituras, com 10 minutos de discussão no fim. Oba. Oba.

Eu tenho o hábito de tentar fazer coisas diferentes. E já tive uma ideia para acrescentar um jogo para roubar tempo... hehehe. Vantagens de ser dedicado e pragmático ao mesmo tempo. Vamos a ver o que o meu colega diz da ideia amanhã.

(...)

É engraçado. A forma as pessoas mudam. Estou a falar de mim. Ele seria última pessoa com quem quereria fazer um trabalho no início do curso (*). Extremamente agressivo, assertivo - no mau sentido - e "convencido". Mas passado uns semestres o pessoal começou a dar-se bem, a experiência fora do país obrigou-nos a conviver mais, tipo "tropa". E, de certa forma, fiquei confidente dele em relação a umas questões parvas relacionadas com o grupo de trabalho que ele tem (estamos em grupos diferentes - cada um com a sua ovelha negra).

Éramos dos poucos que saíamos à noite lá e nessas saídas aproveitávamos para por muita cusquice em dia. Depois começou a mostrar outra faceta, mais divertida. Mais parva - no bom sentido. E eu baixei as defesas, lentamente. E chegámos ao ponto em que quando estamos a fazer a contagem para as saídas, achamos óbvio que o outro saia.

É engraçado como o conceito do "inimigo em comum" ajuda as pessoas a aproximarem-se. Foi, sem dúvida o que aconteceu no nosso caso. Essa situação proporcionou oportunidades para falarmos noutro contexto, sobre outros assuntos e percebermos o que tinhamos em comum. Mas, mesmo assim, tenho que admitir que quando o Professor disse em voz alta os grupos que iriam trabalhar em conjunto, fiquei com alguns calafrios. Por ter de ir trabalhar com ele - será que vou perder a boa impressão que tenho agora? Espero que não... e acho que não. Vamos a ver. Não tenho as defesas completamente baixadas, é óbvio.

Mas, fiquei muito aliviado por o inimigo em comum ter passado ao lado.

Aí é que eu me passava e provavelmente nem falaria da minha vida sentimental aqui, de tal impressão que aquela pessoa já me fez. Passaria tempo a dizer mal dele? Eh pah, gostava de pensar que não. Também gostava de passar por cima, mas não consigo. O gajo não tem bons princípios e faz-se de parvo. De desentendido e com desonestidade não lido nada bem. Passo-me. Perco o controle (interiormente). Por fora fico simplesmente mais calado.

(...)

Ah, hoje chamaram-me de "bom actor". Foi, penso eu, uma tentativa de sedução por parte da uma meninas do Avante. Qualquer dia desafio-a para um café. Mas isso não seria muito bem visto pela minha outra amiga...

ah, é claro que tinha que colocar aqui uma referência para a telenovela - há coisas que sou bastante previsível :)

(*) - Estar no que é considerada num curso académico de "topo" (as palavras não são minhas - na realidade tive um choque com a realidade e o jogo das aparências muito interessante) aumenta em muito a probabilidade de lidar com primas donnas (há tantas na informática!):

Although whether they are truly more vain or more hot-tempered than other singers (or than any other people in the opera houses) is not substantiated, the term often describes a vain, obnoxious and temperamental person who, although irritating, cannot be done without.

(aqui substituir singers por profissional - texto retirado do wikipedia sobre a entrada que menciono antes).

Eu, aparentemente, tenho uma paciência de santo para lidar com "elas" (eles). É o que me dizem. Tem a ver com o meu feitio. Hum... disserto sobre isto noutro dia, estou a ficar demasiado cansado para escrever palavras que façam sentido.

(***)

Listening to: The Boxer Rebellion - Union

2009-09-28

Joelho fraco.

Bem, consegui trabalhar perto de 2 horitas. Concentrado. Bem... andei a divagar um pouco nas matérias, nas leituras, mas sempre relacionado com o mestrado. Agora, antes de ir imprimir o material para ler, vou ter o diagnóstico oficial do médico em relação ao meu joelho. Vai analisar a ressonância magnética que fiz, um pouco antes de começar o blog e dar o veredicto: "Operação".

Não tenho qualquer dúvida. E estou um pouco apreensivo.

Mas pronto, o anjo da guarda deve tomar conta de mim. Tem-lo feito até agora. E de que maneira.

Heia!

Pareço os putos. Quer dizer, em vez de simplesmente me preocupar com a escrita aqui, estou é a ver se consigo manter a fidelidade dos leitores do blog. Hoje cheguei a Lisboa e Almada. Mas do Porto é que vem o(a) leitor(a) recorrente. Heia! :) Fico contente.

Aproveito e vou também revendo o que escrevi no passado para corrigir uma ou outra gralha que me escapa. Às vezes altero um pouco o texto - quando não me soa bem o que escrevi, ou quando penso que existem melhores formas de o dizer. E sim, hoje que acordei cedo e descansado (quer dizer, mais descansado que ontem) e tenho consiguido encontrar um outro ponto para melhorar os textos.

(...)

Bem, mais outra noite juntos. Estás a perder o teu complexo com a intimidade e estou a ajudar bastante nisso. Estou a tratar-te muito bem. Faz-me bem ao ego - afinal as coisas que eu achava que sabia fazer, fazem realmente efeito (um efeito muito bom). Tornei, de certa forma, essa a minha missão - tirar-te o "trauma" que tinhas em relação à intimidade. Nesse aspecto está a correr bem.

E falas no futuro - "tenho que vir cá dia tal", "que fazes naquele fim de semana?". Ao mesmo tempo, mandamos piadinhas sobre o facto de isto ser uma amizade colorida. "Ah deixo cá a caixa de preservativos a ver se está na mesma quando voltar". Engraçadinha. Sim, sou mesmo eu. Acho que sabes disso.

Mas não deixo de me sentir estranho quando imagino o primeiro "não".

"Não, hoje não quero estar contigo, quero fazer outras coisas".

Ir a outra cidade. Encontrar-me com outra pessoa. É um misto de apreensivo, com aquela sensação estranha de indecisão. Enfim. Vais para agora para fora do país durante uma semana e a cabeça vai ter algum espaço para pensar com mais calma.

(...)

Queria ter falado de outra coisa. É como quando estamos com um amigo sempre a falar do mesmo e ele, como é muito porreiro, não nos diz nada e simplesmente ouve. Mas pergunto-me se falar sempre nisto faz realmente bem. Se apenas exorciza, ou se ajuda a complicar as fantasias que por cá já andam? No meu caso penso que será sempre um pouco dos dois.

Vou ter de aprender a viver com isso.

(***)

Listening to: carros a passar ao pé de minha casa.

2009-09-27

Faz hoje um mês

Ontem foi "estranho". Passou-se tanto. Por onde começar... bem... se calhar havia de acabar o trabalho enquanto não me dás notícias (afinal, foi por isso que abri o computador). Bem, posso começar pelo fim.

Chego a casa bravo da vida com a minha mãe. Telefonar às 7h30 a perguntar por onde ando? Eh pah... eu percebo, mas porque nos foi interromper? Sim, foi pelo melhor, já era tarde. Estavamos perdidos no meio de nada, pinheiros à volta - o típico cenário de slasher movie de hollywood. Já lá vão uns tempos. Mas, eu tenho casa. Não aprecio particularmente esse tipo de aventuras porque não dá para me libertar totalmente. Há sempre algum constrangimento de "ah se alguém?" Mas, por outro lado, é isso que também piada não é? Mas foi giro. Interessante. E antes de me levares a casa fomos tomar o pequeno almoço. Outro, juntos.

Sem dar por ela, vejo que ficamos mesmo muito perto um do outro. Com aquele olhar. E assustei-me. O que é isto? Enviaste-me uma mensagem a dizer que é normal, é apenas o "mel" natural desta fase. Que não nos devemos preocupar. Apenas aproveitar. Eu percebo, aceito e depois de uma noite pouco dormida (foram só 5 horitas) faz mais sentido. Mas, estou ansioso por regressar contigo.

(... Ando a ficar "needy". Raio para as hormonas pá!)

Antes de irmos para o místico local que ainda não faço puto de ideia onde era, saímos da discoteca. Mais outro date. Mais um passo de dança. Não correu bem, não estava a atinar com o ritmo. Penso que no passado me safava melhor. Ou então sou mais consciente agora? Enfim, o antigo DJ do (nome censurado - afinal isto ainda é um blog anónimo) lançou novamente os foguetes em todas as direcções. E tivemos o nosso momento. Passou Deolinda e Oquestrada. "Expectaculare".

E não tivemos problemas em nos beijar à frente de toda a gente. Do meu grupo de amigos. Que por 3 segundos não nos surpreenderam. Eh pah... eu por mim não tenho nada a esconder cá. Não vivo cá. Passo apenas cá alguns dias. E pronto. Teve que ser.

Não sei quem começou. Sinceramente que não. Provavelmente os dois ao mesmo tempo (somos parecidos nisso). Depois de termos disfarçado perfeitamente à frente do pessoal na festa de aniversário. Quer dizer, andaste a fazer da tuas, na rua, sem ninguém ver. E eu alinhava. A adrenalina é demais. Quer dizer, desconcentro-me e perco o jogo de Poker. Mas não o bluff. E também foi bem divertido ganhar-te ao karaoke, sempre na recta final.

Antes de me vires buscar tive um jantar com o meu grupo de amigos (o mesmo). E tive que ouvir umas engraçadas:

Ah estás tão giro de camisa. (uma camisa preta que arranjei para sair à noite!).
Porque é que estás tão arranjado?
Mas tens novidades?
Tu és um lobo com pele de cordeiro, e elas adoram isso.
Estás para o engate?

Mas a frase que me matou foi:

Estás diferente. Com mais confiança no olhar. Bastou-me olhar para ti naquele instante. Estás bem?

Bem... sinceramente não percebo o que mudou. Quer dizer, percebo, mas não o sinto. Não me sinto diferente. Não me vejo a agir de forma diferente. Acho que o mundo alterou a percepção que tem de mim e depois diz que eu é que mudei. Sim, ando a matar a saudades. Ando a trabalhar um pouco para o ego, mas, por exemplo, nem imaginam a influência que tem a escrita neste espaço. Da adrenalina que ando a sentir diariamente quando vou ao Google Analytics ver quem andou a ler as minhas palavras.
Desculpa, mas não és apenas tu. Ando a pensar mais. Reflectir mais. Já me conhecia bem. Mas acho que me ando a conhecer melhor.

Apetece-me dizer, "nem fazem ideia... nem fazem ideia".

Quer dizer... existe uma pessoa que faz (Olá!), mas sabe-me bem guardar este segredo que hoje faz um mês.

(***)

Listening to: Arctic Monkeys - Humbug

a imagem tem lá o copyright, mas em qualquer do casos aqui vai. Mahesh K Bhat no site kalaalog.com, neste post.

2009-09-26

No Wow




You're gonna have to step over my dead body

Before you walk out that door
You charmed me with your magic
Landed looking tragic
'Forever' is the feather you ain't got no more

(...)

The Kills

(***)

Adoro a batida e o baixo (hum... acho que arranjei complemento para a Angel dos Massive Attack).

As horas

Estou este fim de semana em casa dos meus pais. Correu bem, porque uns amigos nossos desde há muito tempo vieram visitá-los - aproveitei e matei dois coelhos de uma cajadada: visito pais, visito amigos e fico a sentir-me bem. Com menos tempo para trabalhar, é verdade (o facto é que já aqui estou novamente "agarrado", quando eles já chegaram e tudo. Mas já foi há 30 minutos. E eu disse que precisava de ver só uma coisa de "trabalho" antes de irmos almoçar. Estar aqui, agora faz parte do meu trabalho. Não há volta a dar :)

Pareço um viciado sempre à espera da altura para vir dar aqui um salto e matar saudades. E escrever sobre o que estou a pensar.

(... por falar nisso)

Lembrei-me de um monólogo no filme "The Hours" que descrevia precisamente uma frustração que partilhava com uma das personsagens sobre esta questão - a da capacidade de escrita.



Resumidamente, penso que falava da frustração do escritor em não conseguir captar em papel tudo o que estava a sentir, a viver e que isso o deixava bastante irritado. Suponho que com as limitações humanas... de não conseguir replicar o sentido das sensações que vivia em papel. Do pensamento humano ser tão rápido e complexo que não se consegue - é impossível - captar tudo numa folha de papel.

E acho que confirmei a minha lembraça. Depois de procurar mais um pouco encontrei a passagem que queria no youtube:

(...)
I wanted to write about it all.
Everything that happens in a moment.
The way the flowers look when you carry them in your arms.
This towel - how it smells , how it feels...
it's thread.
All our feelings - yours and mine.
The history of it.
Who we once were.

Everything in the world.
Everything mixed up.

Like it's all mixed up now.
And I failed.
I failed.

No matter what you start up with, it ends up being so much less.
Sheer fucking pride!
And stupidity.

We want everything, don't we?
(...)

-David Hare (argumentista do filme "The Hours" adaptado de um livro de Michael Cunningham). Interpretado por Ed Harris.

Não há verdadeira partilha. Ninguém consegue verdadeiramente sentir o que o outro pensa... mas podemos sempre tentar. É verdade, queremos sempre tudo. Captar e partilhar tudo. E fico triste ao saber que não o conseguimos.

... bem, o meu irmão, a minha cunhada e a minha futura sobrinha (só já faltam 4 meses!) chegaram. Vou ter com eles.


(***)

Ando a criar o hábito de não ouvir música enquanto aqui estou. Como isto foi um post rapidinho, se colocasse os auscultadores pareceria mal a quem passasse pela porta, que ainda por cima é de vidro. Assim ao menos parece que estou concentrado a escrever algo para a tese.

(1ª revisão) Deixei o link para o guião do filme "The Hours" no título do post. Tentei procurar pelo diálogo que me marcou, mas não o encontrei. Hum... tenho que voltar a ver o filme. Mas lembro-me dela... e não me apetece.

(2ª revisão) Depois de procurar um pouco melhor, encontrei a passagem que estava à procura e acrescentei-a ao post.

2009-09-25

Resisti

(continuação de um post que comecei no noutro dia mas que adormeci antes de conseguir acabar...)

Bem parece que elas voltaram. Hoje resisti á tentação - já aqui tenho ligações para o How I Met Your Mother e Heroes, mas vim aqui para o novo hábito antes de ir dormir.

Ontem estive um bocado com a Belga que conheci no outro dia quando, lá está, fui um tipo porreiro e a ajudei a encontrar a residência onde vai ficar cá a estudar. Ela andava perdida no pólo (e tou com dúvidas se já falei disto aqui) e pediu ajuda ao grupo de portugueses que por ali andava para ver se consegui encontrar o seu destino. Fui o que se ofereceu para carregar com a mala de 50kg (!) de um lado para o outro enquanto batiamos em portas fechadas à procura de alguém que lhe pudesse dar uma informação fidedigna.

Agora está cá com o namorado até a próxima quarta-feira. Depois tenho de a convidar para um café. Gostei mesmo de falar com ela. Pergunto-me qual será a opinião dela em relação a mim (imagino que seja, pelo menos de gajo "porreiro").


A miúda é muito engraçada, simpática. Gostei bastante de falar com ela. Acima de tudo porque toda a situação é diferente - vem de outro país, está cá para aproveitar e conhecer Portugal. Não é como as pessoas que ando a conhecer desde há uns meses para cá. Tenho andado a "angariar" alguns contactos com potencial futuro (ainda não percebi bem o que quero dizer com isto, mas pronto, deve ser para fazer bem ao ego).

Tenho de ver é se faço "alguma coisa" em relação a isso (está entre aspas porque não fiz grande coisa a este respeito - aliás, já fiz uma ou outra coisa, e o mais frequente é constatar a "tampa" dessimulada - onde não há rejeição, mas também não há confirmação de interesse. Não há conflito para não ofender, para não criar a situação incómoda).

Tenho de ver se mudo isso. Se atiro mais com o barro à parede. Vejo o incódomo. Se der umas cabeçadas o que é o pior que pode acontecer? Embaraço?

Parece-me que há todo um potencial para surgir uma coisa boa onde menos se espera :)

Estou a viver isso agora mesmo.

(***)

tenho mesmo que começar a escrever mais para a tese. estou perdido em devaneios aqui quando poderia estar a avançar as entregas que tenho para a semana. Argh. Isto parece-me difícil. Comecei o blog há perto de um mês. E não me estou a fartar. Aliás, gostava de ser tão certinho a fazer desporto como a escrever aqui.

Angel

As primeiras 4 músicas do Mezzanine são qualquer coisa de brilhante no que toca a bandas sonoras para sessões íntimas. O ritmo sexual crescente é quase perfeito. Quase, porque depois de algumas vezes perder o factor novidade. Preciso de encontrar mais música do género.

(...)

Escusado será dizer que ando nas sete quintas. Três semanas de crescente de intimidade. E amanhã, pela primeira vez vamos sociabilizar em público com amigos em comum. Estou curioso para ver como vai ser a nossa "Poker Face". Mas algo me diz que não vai correr muito bem, e não será por mim. Mas posso estar enganado.

Bem, vou arranjar-me (fazer um pouco de exercício, arrumar a roupa da cama e preparar-me para o fim de semana que ai vem).

(***)

Listening to: Massive Attack - Angel

2009-09-24

Hábitos

Hoje atirei o barro à parede. Por causa de uma situação circunstancial (totalmente verdade, só tinha mesmo disponibilidade a 100% hoje). Desafiei-te a dar um salto cá. Mas em tom de brincadeira. Entre parenteses numa conversa pelo google talk.

Aceitaste. Logo. Sem hesitações. Apercebi-me na altura que, no fundo, só estavas à espera do convite.

Fiquei apreensivo. Desatei-me a rir. Pensei no que vou dizer logo. Aliás, no que vamos os dois dizer. Que espécie de silêncio incómodo, ou conversa parva que não tem nada a ver vamos fazer enquanto não nos beijamos?

Terceiro "date" a uma quinta-feira. Seguidos. Isto está a tornar-se um hábito? Ou é a emoção natural da novidade? Foi impulsivo, foi inesperado - hoje queria ficar em casa a descansar. Tinha colegas meus a dizer "Vá, temos de ir ao convívio! Como é?". Era bom era, mas terça-feira foi desgastante. Ajusto-me, que remédio. Tenho que o fazer.

Antes de vir para casa fui procurar o bar que tentámos encontrar no Sábado. Depois de muito andar por ruas estranhas, de sentido único, fui deparar com o local no sítio mais recôndito possível. Mas depois chego à conclusão que estive a preparar a noite para nós. Não foi para conhecer um local novo... não, foi para te agradar.

Neste momento estou à tua espera e cada vez que chega um carro acho que tenho de interromper este meu momento. Por um lado preciso que me dês mais tempo, mas por outro estou ansioso que chegues. Já não te vejo há 3 dias. Temos falado pelo gmail. Até me chegaste a telefonar no dia das confissões, nervosa, cúmplice. Mas não nos vimos. Apenas me enviaste as fotos que tiraste no fim de semana.

(primeira vez 21:04) Chegaste! Afinal não era tu, era o meu companheiro de casa - desta vez tocou à campainha primeiro :)

Continuo a escrever, a debitar o que me vai na alma como já não o fazia há algum tempo. A urgência do tempo está a causar alguma emoção. Não quero deixar uma ideia a meio... quero desabafar aqui, pensar em tudo antes e depois deixar-me levar no que tiver que acontecer.

Apercebo-me que estou a sorrir enquanto escrevo isto. Mas não fico novamente apreensivo. Sei o que estou a sentir e fui honesto contigo. Interrogo-me se o foste comigo... Acho que sim, mas a outra  possibilidade assusta-me um pouco.

(21:12) Olho agora para o relógio com alguma impaciência. Combinámos às 20:30. Tudo bem que ainda tinhas que fazer uma certa quantidade de km e consoante o trânsito podes demorar ainda bastante. Mas quando espreitei agora mesmo para a janela pareceu-me ver o teu carro. Viver num rés-do-chão não pode ser só desvantagens.

Chegaste.

(***)

Listening to: música de discoteca em surdina que ecoa da casa dos vizinhos enquanto se devem estar a preparar para mais uma festa. Afinal as aulas a "sério" só começaram esta semana.

2009-09-23

Evolução



(...)

Em 2009, já ninguém empalidece. Adopta-se a tecnologia, adapta-se a tecnologia, resiste-se à tecnologia. E a música evolui. Em todas as direcções, evolui. Como sempre. Mais freneticamente do que nunca.

Mário Lopes (19.09.2009 no Público Online)

(***)

Gostei bastante de ler este artigo. Está relacionado temáticas que gosto particularmente (a música e tecnologia). Apelou-me, também, pela forma como está escrito. Depois de ter estado a ler mais um pouco por estas bandas apercebi-me que 2010 está a atrair bastante a escrita.


Listening to: Muse - Resistance (outra vez)

PS  - E sim (estou a falar comigo mesmo), consigo falar de outras coisas :)

Reaproveitei a imagem do artigo porque acho que combina muito bem com o layout gráfico deste blog. Como não tem autor identificado remeto para o Público.

2009-09-22

Wallpaper change




Voltei a trabalhar. Voltei a concentrar-me. Tenho agora de conseguir manter um equilíbrio nestas duas actividades. Ok, se o estivesse a fazer, não estaria a olhar para um professor com o ar de "ah eu estou a fazer duas coisas ao mesmo tempo e estou a ouvir-te na boa". Sim, escrever posts no meio da aula não corresponde ao que estava a dizer no início deste parágrafo. Mas pronto, como gostei bastante da imagem apeteceu-me colocá-la aqui.

Para além de achar que está relacionada com este trimestre que aí vem. Mas vejo-a mais como um amanhecer, do que um anoitecer. Pensamentos optimistas talvez.

(***)

Parece-me gerada por computador, por isso procurei pelos direitos de autor, mas o site de origem não dizia nada. Daí não ter a referência para o respectivo.

Nova distracção

Aulas. Estou em corpo, mas não estou mente. Distraio-me com a Ana (penso que é um nome suficientemente genérico para impedir identificações concretas).

Mais uma vez dou por mim a pensar no "E se?".

Primeiro concentro-me nas coisas que me desagradam. Como piscas os olhos quando contas uma história - parece que vais ter um ataque epiléptico. A velocidade que atinges quando falas muito depressa. A tua teimosia - és *tão* teimosa, mas já vi pior.

Não te conheço assim tão bem. Geralmente considero que consigo ler rozoavelmente bem as pessoas e penso que a tua essência não me vai surpreender.

Isso leva a concentrar-,e no positivo. No teu cabelo. Nos teus olhos. Na forma como já consegui conversar contigo no passado.

Já te acompanhei diariamente durante uns meses e ajudei-te bastante. Mas eras (és) uma colega do trabalho e isso não me é nada confortável (já não gosto de grandes misturas de prazer e trabalho e isso iria totalmente contra os meus princípios - se bem que gostaria de ver a minha atitude se fosses tu a aproximar-te).

E não me aproximei da última vez que estive contigo. Acho que já andas ocupada... será agora isto uma desculpa que conto a mim mesmo para me fazer sentir melhor? Bem eu vi-te ao agarrada ao telemóvel por diversas vezes. Com aquele olhar.

E apercebo-me que devia voltar a prestar atenção à aula.

(***)

Admito, enquanto namorava era calado. Não me pronunciava (ou muito raramente me pronunciava) sobre as outras. Mas fantasiava (e continuo) a fantasiar muito. O facto de namorar era bom um "reality check" porque não podia fazer nada. Era comprometido. Podia ser eu à vontade, porque não estava a tentar nada.

Sou considerado "respeitador, calmo, inofensivo". Mas nem todos são enganados assim tão facilmente... e ainda bem.

(***)

Listening to: White Lies - Death

And it has ended...

Hoje partilhámos com quem deveriamos partilhar o que se sucedeu no fim de semana. Relatos de telenovelas, com algum detalhe, com ênfase nas situações embaraçosas e íntimas. Quase que fomos apanhados no meio do acto! Mas estou na adolescência outra vez? Foi por uma questão de minutos. Estavas a soltar-te como nunca te tinha visto, depois de duas garrafas de Quinta de Aveleda (uma para cada um - afinal, não ficas nada atrás de mim). E depois desatamo-nos a rir. No harm done. A camisa de noite tapava suficientemente o teu corpo. E ainda bem que estava com os calções vestidos. Mas foi por pouco. Não estou a exagerar.

Estou agora nesta cama que partilhámos quase 3 noites seguidas. Inicialmente era apenas para ser apenas uma. E dou-me por mim a sentir falta do toque da tua perna. Lembro-me depois do da minha Ex. Não é saudades tuas que agora que tenho. É saudades de uma estabilidade que considerava importante.

(...)

Não aguento mais. Tenho que ir dormir. Até já.

(***)

Pediste-me autorização (no fundo não pediste, mas foi gentil o teu gesto) para poderes partilhar com a tua amiga o que aconteceu. Eu informei que o iria fazer. Não te disse, no entanto, que também iria escrever aqui (hum.... na realidade já o faço há algum tempo). Espero não te estar a trair a confiança. Este espaço é meu. Deixou de ser unicamente meu recentemente (eu e a minha vontade de ter leitores!). Mas... it comes with the territory. Eu agora estou aqui. Estou a ter dificuldade em o deixar de fazer. Muito frequentemente vim para a cama com o portátil com o único intuito de te actualizar. Parece que consegui encontrar um rival para as séries pequenas que andava a ver para adormecer.

Quase um mês depois, e sem me aperceber, parece-me que estou a fazer um balanço. O saldo é positivo. Ajudas-me a por as ideias em ordem. Isso faz-me falta. Faço muitos filmes... filmes? Tenho uma imaginação activa. Muito activa. A escrita a nivela isso. Dá-lhe orientação. Sentido. Relevância.

E tenho de estar bem agora. Mesmo quando estou a ter dificuldade em manter os olhos abertos e só quero sair daqui. Queria estar noutro sítio? Possivelmente - acho que estou farto da transição que não pára. Juntar isso e pequenas montanhas russas emocionais não deve ajudar a manutenção de uma vida mental equilibrada.

(***)

Listening to: Julian Plenti (ou Paul Banks dos Interpol para os amigos).

2009-09-21

Encontrem-me!

:) É infantil eu sei. Uma necessidade parva de ter atenções.

Quero ter um espaço meu, anónimo, privado. Mas nutro o desejo de ser lido por alguém. Parece que alguém encontrou isto no passado - aliás pus uma nota cá no blog a parece que afugentei a leitura.

Mas também... Interrogo-me quem viria aqui? Isto na realidade é um espaço privado, dos meus devaneios, das minhas confissões... do meu mundo. O normal é isto interessar-me a mim. E não a mais ninguém.

Mas depois tenho sempre aquele desejo ínfimo de ter alguém (tu?) que lê o texto. Que percebes o que está por detrás das palavras. Que te interessas por quem está aqui atrás. Que comentes... que entres em contacto.

Pensando bem, foi assim pela escrita que me apaixonei da última vez. E de repente fico apreensivo.

Será isto um retrocesso?

(***)

Listening to: Muse - New Born

(***)

nota: tenham cuidado com o que desejam. Pode concretizar-se facilmente :)

So it continues...

Aconteceu esta quinta à noite... continuou Sábado, e Domingo. Acho que imaginava que mais cedo, ou mais tarde iríamos por este caminho. Um long date que demorou 2 dias, com uma interrupção de trabalho pelo meio. Iniciei um novo ritual que me estimula me permitiu acabar de uma vez por todas com algumas inseguranças que ainda tinha. Relacionadas com convivência a dois, com sexo e intimidade. Acho que ao ser eu próprio, consegui fazer com que isto corresse bem. E falámos sobre as coisas. Abertamente. Foi uma aproximação bem sucedida.

É fácil. Daqui a 3 meses vou-me embora e simplifica as coisas não é? Mas, isto parece fácil nas coisas simples. As complidadas ainda estou, ou sou, um bocado atado.
 
A gaguejar como o caraças, depois de uma noite mais trouxe a questão do "Mas que género de relação é - vai ser - esta? Estou ainda *em recuperação* dos sete anos, estou bem contigo e não te quero mentir - não quero agora uma namorada a tempo inteiro".

Claro que para colocar isto na mesa demorei um bocado mais, gaguejei para caraças ao início, fumei meio cigarro, mas porra. Abri-me e pus as cartas na mesa. Fui honesto. Tinha que o ser - já estou farto de deixar as coisas passarem. E é isto que eu quero - (é mesmo?) - uma amizade colorida? Bem há questões com os grupos de amigos, mas nada de muito complicado. Porra, tenho quase 28 anos. Devo (devemos) alguma coisa a alguém?

Sete anos com a mesma pessoa criam hábitos que depois não sabemos se conseguimos transpôr/adaptar para outra. Felizmente, acho que consegui criar bons hábitos, ou hábitos que são bem vistos pela outra pessoa. E, aparentemente, até tenho bastante jeito para algumas, errr, técnicas, por isso também tenho que treinar os meus cartões de visita.

Enfim, estou a gostar deste estado de solteiro.

(***)

Listening to: Gossip - Music For Men

2009-09-18

E parece que sou um ESFJ

É engraçado, tenho de estar a escrever um texto reflectivo da minha experiência no mestrado que estou a fazer. Embora seja relacionado com tecnologia, processos, gestão de projectos, o que me entusiasma mais é, sem dúvida nenhuma, as questões relacionadas com as pessoas. "People Issues", "Soft-Skills", seja lá que conjunto de palavras pomposas para descrever este tópico complicado para muita gente.

Segundo um famoso teste de personalidade (são os Jung Tests) parece que sou uma pessoa deste tipo, em que leio um parágrafo que parece uma leitura de horóscopo escrita de uma forma genérica e positiva para agradar a toda a gente:

ESFJs are people persons - they love people. They are warmly interested in others. They use their Sensing and Judging characteristics to gather specific, detailed information about others, and turn this information into supportive judgments. They want to like people, and have a special skill at bringing out the best in others. They are extremely good at reading others, and understanding their point of view. The ESFJ's strong desire to be liked and for everything to be pleasant makes them highly supportive of others. People like to be around ESFJs, because the ESFJ has a special gift of invariably making people feel good about themselves.

Mas no fundo, páro para pensar e chego à conclusão que, em parte, a informação é correcta. Sempre tive necessidade de estar com pessoas, de sociabilizar em grupo, de conviver em comunidade. Não sei porquê, deve ser genético ou algo do género. Acho curioso e não me consigo rever nas pessoas que conseguem estar sózinhas dias inteiros sem falar com ninguém. Acho que dava em doido. Sim, claro isto é exagero, mas sei que quando estou só começo a percorrer desesperadamente os salva vidas modernos da aproximação: google talk, messenger, facebook, tweeter, telemóvel... começo pela tecnologia primeiro. Era mais raro ter coragem de ir para um bar, uma esplanada sózinho.

Comecei a fazê-lo nas férias. Foi um salto importante. Mas tive que te trazer atrás. Estás a servir de boia de salvação. E agora é contigo que escrever os meus pensamentos nesta fase de mudança da minha vida.

(***)

Brutal divagação entre trabalho e caracterização intrapessoal. É o que dá escrever o mesmo post em dias diferentes :)

Falei do teste porque me parece uma ferramenta porreira que ajuda na nossa autodescoberta. Algo que ando muito interessado em fazer agora.

(***)

Listening to: Muse The Resistance (2009)

2009-09-17

Monkey wrench...

Música aqui.

(...)

One last thing before I quit
I never wanted any more
Than I could fit into my head
I still remember every single
Word you said and all the shit
That somehow came along with it
Still, there's one thing that comforts me
Since I was always caged and now I'm free

(...)

Desde que ouvi esta música dos Foo Fighters em 1997 sempre soube que gostava dela. Sinceramente, da música só sabia uma parte ou outra, mas hoje deu-me para ler a letra toda. Senti algum ... errr... deja vú, e achei que seria, no mínimo, apropriado colocar aqui uma referência.

Muito bom. E acabei por não a passar na última sexta-feira. Mas estive quase. Se fosse agora acho que o teria feito.

PS - para quem quer ver facilmente a letra das músicas e usa Winamp ou o Windows Media Player nada usar o Lyrics Plugin.

2009-09-16

tive saudades tuas...

Enquanto estava na aula, a tentar manter-me acordo a minha mente vagueava. Fugia para ideias muito mais interessantes e ... estimulantes. O trabalho só é bom até determinado momento. Tenho dificuldades em partilhar o que faço. O que sinto enquanto faço o que faço. Porra, até sou um bom profisisonal, a pessoas gostam de trabalhar comigo, mas nunca uso isso como bandeira de propaganda. Porquê? Seria extremamente fácil! OI! Olha aqui um gaijo com um qual é fácil de trabalhar - que delira com o trabalho em equipa. Ui, que grande mudança de contexto. :)

(...)

Às vezes estas mudanças de contexto assustam-me. Parece que perco uns aninhos na minha capacidade auto-controle e que simplemente digo o que me apetece. O conceito é giro. Diferente. Tirar a máscara. Aqui junto ao computador, demasiado fácil talvez. Prefiro fazer o mesmo enquanto estou a ouvir música. Como o fiz discretamente da última sexta feira.

(...)

Adoro estar contigo. Não é porque não goste de estar sozinho - também não gosto de estar mal acompanhado. Gosto de partilhar os momentos que estamos aqui, neste pedaço de rocha gigantesco com alguém que me diga algo. Com alguém que me faça sentir bem. A paixão, o "namoro inicial" ou sem regras é tão porreiro! E estamos numa idade em que tudo em mais fácil :) Em que há menos jogos, em que eu tenho a MINHA casa, o MEU espaço... Torna-se mais fácil a partilha de momentos. Conseguirmos encontrarmo-nos de forma fugaz ou duradoura. Gosto disso. Gosto de estar contigo embaraçado e depois de ter o ponto de mudança conseguir ultrapassar o embaraço. Gosto de sentir o controle quando iniciamos os jogos sérios de sedução.

As hormonas, ou seja lá o que for que faz alterar o nosso comportamento, ou a minha maneira de me sentir, devem continuar com o seu trabalho que estou a gostar.

2009-09-14

Formações…


A formação que estou a fazer tem alguns exercícios ligeiros pelo meio. Temos que nos reunir como um grupo, discutir sobre alguns dos temas que estamos a apresentar e depois apresentar. Mais uma vez, fui o escolhido para ser o "Spokeperson" do meu grupo de 5 elementos. Não me importo nada, não me incomoda falar em público, ainda mais sobre uma matéria que até conheço razoavelmente bem. O curso é interessante – aliás todos estes cursos em salas de formação todas artilhadas com apresentadores ingleses tem tido um impacto estranho na minha vida.

Parace tudo muito importante, mas, no fundo, não é. São pequenas sessões que custam uma quantidade astronómica de Euros, com pessoal "bem vestido" e muito "educado" a discutir coisas que se aprendem muito facilmente lendo livros e que no final até dão uma certificação que pode vir a ser útil para incluir num CV. Enfim, não é que me esteja a queixar de uma coisa que me propus a fazer (ok, a queixar muito), mas se calhar é efeito de estar, novamente no bar do Hostel a falar contigo. Também só há americanos aqui com aspecto estranho, ou, como disse ontem, pessoal com ainda mais aspecto estranho (como eu) de volta dos portáteis. O rádio a dar música americana (leia-se Hip-Hop) claramente que não ajuda :)

(...)

Tenho pensado em ti hoje. Tenho pensado em nós juntos, em privado. Estar a ouvir o irlandês a falar de CMMI durante 5 horas seguidas não ajuda nada e mente começa a divagar. Às vezes parece que sou adolescente outra vez. Acho que é normal, já não tenho momentos de intimidade há algum tempo. Bem, à excepção de uma coisa ou outra, mas estás a deixar-me a pensar.

(...)

Estar aqui sozinho neste bar está a ser uma experiência nova para mim. É raro ter estes momentos apenas para mim, quanto mais no estrangeiro. Mas preferia estar mais bem disposto. Fisicamente e psicologicamente podia estar melhor. Ando sem vontade de trabalhar. Ando a distrair-me com muita facilidade...
Chegaste ao google talk. Acho que te vou fazer um pouco de companhia.

2009-09-13

A falar contigo.

Pois é. Já há as brincadeiras de "... olha ali o teu cunhado" quando tu passas por um cartaz do meu irmão. Confessas-me enquanto escrevo este texto aqui no hostel e aguardo pela tua conversa na outra janela. Não sou o único agarrado no computador. Na realidade vejo pelo menos 5 pessoas agarradas a Iphones, outros tantos no portátil (sem contar comigo) e uma, ou outra pessoa estão parados no seu local a olhar em volta. À procura de contacto visual com outras pessoas. Faz sentido, Domingo à noite, num bar de um Hostel, numa cidade que não tem necessariamente muito para fazer. Encontrar alguém para falar.

E eu, estou aqui a 2000 e tal km de distância de ti a falar pela net, enquanto estou numa sala em que conto 5 pessoas há espera que alguém inicie uma conversa. Posso estar enganado, podem estar aqui simplesmente a fazer tempo, a descansar da noite anterior, mas algo me diz que não. Mesmo eu que estou em grupo e a falar por aqui senti sempre esta necessidade de falar com alguém. Conhecer pessoas novas, em ambientes diferentes. Treinar o inglês, ficar a conhecer outras coisas. Mas não... hoje prefiro estar a aqui a escrever. Já lá vão duas semanas e confirma-se a criação deste novo hábito.

(...)

Ando a pensar em ti. Não te quero magoar ao não corresponder a uma imagem que estejas a criar sobre o que quero para nós. Até ao final deste ano estou mais perto de ti. Depois a logística complica. E gostaria de experimentar uma amizade colorida sem ser em regime de exclusividade. Pode ser "roto" ou "à frente" dizer isto, mas é a verdade. Não me quero prender. Não agora que estava a começar a ficar bem comigo mesmo. Realmente é verdade: "No dia em que deixares de procurar, irá bater-te à porta". Tudo bem, foi de algo que já estava pseudo-iniciado e que, verdade seja dita, eu acreditava que tivesse portas para andar (ou seja, não houve grandes novidade) mas, mesmo assim, confirmou-se a teoria. E tiveste que sentir ciúme para avançares... O território é uma coisa tramada... Achas bem? :)

Mas gosto de estar ao pé de ti. De te tocar. De começarmos a explorar esse território. É normal não é :)
(...)

Agora estou num quarto, rodeado de engenheiros informáticos, cada um agarrado ao seu computador (não há conversas de grupo - já nos conhecemos bem e isto é uma estadia conjunta circunstancial). Mas entristece-me esta imagem.

(...)

Hoje não estou a ouvir nada. Estou a descansar a cabeça. Continuo a escrever enquanto ganho sono.

2009-09-12

Post Mortem

Correm bem. A previsão correspondeu à realidade. Mas acabei por não conduzir para Lisboa de madrugada. Fui de comboio, e ainda bem. Consegui (finalmente) usar uma verdadeira mesa de DJ, com efeitos de crossfading, auscultadores e "disco" para conseguir inventar uns efeitos sonoros durante a música. A selecção roçou o óbvio - sou adepto de escolher som com que as pessoas se identifiquem e que, acima de tudo, gostem de ouvir. Não me pus com grandes invenções, se bem que tentei agradar a gregos e troianos. Houve vários pontos altos da noite, mas a transição do tema do Dartacão depois de uma série de Hits do anos 80 foi particularmente potente.

É uma sensação espectacular estar a olhar para o tempo a decrescer, enquanto ouço as repetições finais de uma música e espero pelo tempo perfeito para libertar o outro CD da pausa e fazer um cross-fade limpinho. Uma boa transição. E ainda é melhor quando, depois de a fazer, o pessoal que está na pista levanta os braços, fica contente e grita de "satisfação" (à falta de palavra melhor). Aconteceu-me ontem algumas vezes e senti-me todo inchado :)

No final, tive de ser eu a levar o carro para casa - o "medo" dos outros revelou-se injustificado. Mais uma tentação (será que houve realmente?) ultrapassada com sucesso. Ando a gostar de não capotar e quero manter isso. No entanto estou para aqui hoje a morrer por causa da quantidade de horas que dormi. O meu cérebro só deve pensar: "Oh meu parvalhão, vai dormir!" Eu gostava, mas não consigo. Tenho que falar contigo.

(...)

Ela ontem esteve lá comigo, ainda demorou um pouco de tempo a vir (não lhe dei grande atenção - nem aos meus amigos, estava concentrado a "trabalhar") e ela queixou-se, amigavelmente, disso. Dançámos em slow o "Menina Azul" dos Ena Pá 2000. Sim, estavamos ambos um pouco acelarados, mas resultou bem. Não a beijei na boca em público. Mas ataquei-lhe o pescoço (como ontem vi que funcionavam, porquê desperdiçar a oportunidade?) e agora andamos a trocar mensagens enquanto ela está em Portugal e eu Frankfurt.

O que irá resultar daqui? Não faço puto de ideia, mas tenho que ir dormir. Estou a escrever isto já de olhos a fechar e a entrar no modo sonho.Não aguento mais. Amanhã continuo.

update de 13 de Setembro - aproveitei e revi um pouco o texto.

2009-09-11

Consigo portar-me bem?

Hoje à noite vai acontecer uma de duas coisas. Fico embriagado enquanto estiver a passar música e depois tenho que seguir para Lisboa para conseguir apanhar o avião a tempo. Aventura complicada, irresponsável e perigosa. Ou, espero eu, não acontece nada disso. Tenho, finalmente, desde o final de Julho a conseguir ter tido sempre um comportamento constante. Bebo, controlo-me, divirto-me e lembro-me de tudo. Antes tinha dificuldade.

Ela (a minha ex. uuuuh, adoro dizer isto!) detestava que eu consumisse bebidas alcoólicas. Tinha algum trauma. Eu percebo e não a censuro a 100%. Exagerei muitas vezes e tinha comportamentos lastimáveis que no dia a seguir sentia vergonha. Explodia o que tinha guardado dentro de mim. Ela controlava-me tanto que acho que isso servia de catalizador para perder a razão. Claro que não me posso desresponsabilizar - seria um facilitismo dizer, "a culpada era ela". Estupidez, se precisava de um escape, não seria aquela a melhor maneira.

Gosto, no entanto, do sentimento de euforia. De me sentir ligeiramente tocado e acelerado. E ando a conseguir manter esse nível sem passar para o lado negro da força. Passei por 3 actividades de diversos dias que nos últimos meses puseram à prova essa minha capacidade.

Não capotei em nenhuma delas, nem me senti perto de o fazer. Parece que tenho novamente 16 anos e estou a descobrir a bebida. A libertação de censuras que ela permite. Mas, com outra maturidade. Ando a conseguir parar. A beber sumos pelo meio. A beber com calma. Gosto disso e espero que se mantenha.

Tenho visitas.

São poucos, mas parece que tenho visitantes no Porto e em Aveiro. Bem vindos.

So it begins.

Começou com um contacto teu depois de ter tornado público o fim da minha relação. Ameacei-te na altura - "Havemos de nos ver no Avante". Sempre nos demos bem, e acho que existia uma química boa entre nós. De amizade. Nada mais. Mas, achei por bem indicar-te o futuro. Há coisas que sei que vão funcionar.

Iniciaste uma conversa, do nada, para nos encontrarmos em Lisboa. Supôs e mal que querias algo mais. Por causa desse mal entendido até tive algumas atitudes mais predatórias que te assustaram. Mas, iniciámos uma relação de amizade frequente a partir daí. Contactos pelo Facebook, pelo Google Talk e até mais pessoalmente.

Tentei alguns jantares, que nunca chegaram a ser "dates" oficiais. Não senti (não sentíamos) química suficiente para querer algo mais. Depois da conversa tive, que no fundo me orientou para escrever o blog, deixei de procurar. Deixei de tentar mais coisas contigo. Não era o que queria. Ainda fiz uma última tentativa de cozinhar um jantar em casa, mas depois de uma remarcação para um local neutro, confirmei a minha (a nossa) "não intenção".

Até há uma semana? Preparas um arranjinho e atacas-me tu no dia a seguir quando sentes o teu monopólio em risco? Eu deixo, claro. Estou a precisar. Faz-me sentir bem. Melhor comigo. Melhor contigo.

Hoje, vamos jantar fora. Japonês, muito engraçado e romântico. Vens arranjada como nunca te vi. A usar perfume?! :) Depois de trocarmos mensagens provocatórias cheias de segundas intenções. Abres o jogo. Não sabes o que estás a sentir e não imaginavas que o estivesses por mim. Sou diplomata e aceito perfeitamente o que me dizes. Digo o senti, o que tentei fazer no passado e passado um dos momentos mais embaraçosos de engate da minha vida (a palavra Cerelac foi pronunciada de forma insistente num diálogo digno de uma comédia romântica lamechas) estamos a beijar-nos no teu carro.

Não tento fazer mais nada que a corte do beijo. Na boca, pelo pescoço, nas orelhas. Sou respeitoso e não quero forçar nada. Respeito o teu receio e não quero ser um gajo que te use. Neste momento preciso de uma coisa apenas nossa, uma amizade colorida. Amanhã devemos voltar a ver-nos. Enquanto passo música num bar/discoteca.

Acho que este é um início de uma bela amizade. Mas, nesta fase, sei que não quero mais do que isso. Ainda estou a arrumar a casa. Lentamente. Espero que sintas o mesmo. Ñão gosto de brincar com os sentimentos das pessoas.

Mas, isto ajuda enquanto volto lentamente ao meu caminho.

Listening to: New Order - Temptation

2009-09-10

Pensamentos em perspectiva.

Fico parvo quando vejo imagens destas. Somos o quê? Alguma coisa de importante? Yah. Façam-me rir.

2009-09-09

Começou...

Bem... abri o jogo e deixei umas pistas. Não sei se te vão encontrar. Depende das pistas que seguirem, do que me conhecerem e se percebem bem questões relacionadas com calendário.

Tenho saudades tuas. Tenho saudades de adormecer junto a alguém e de conseguir partilhar as sensações que alegria (euforia?, bem-estar?) que tenho na noite. Não sei por quanto mais tempo isto vai durar, mas tenho que aproveitar enquanto dura. Dou-me por mim a pensar numa companhia que não sei definir mas espero encontrar.

Chegar a casa às 6 da manhã e dar-me para escrever num blog tem muito que se lhe diga. Mas não foi espontâneo. Isto está a tornar-se um vício. E ainda bem. Parece-me fazer menos mal que outros que tenho.

Até já.

2009-09-08

Voltei.

Regressei do Avante. Foi muito bom. A roçar dos melhores em que participei, nem que seja pelo facto de pela primeira lá vez tido avanços "amorosos" (entre aspas por que não sei qual o futuro que a relação vai ter). A minha ex não ia ao Avante :)

Esta(s) não.

Não percebo as mulheres, nem o meu medo em me atirar de cabeça. Na sexta fi-lo. Perguntei se "te podia beijar" depois de conversa e conversa a dar trela entre os dois. Estava a correr bem. Não forço nada, tento interpretar sinais e frases.

Não sou assim tão fácil respondeste tu, e com essa me lixaste o esquema :)

Mas a culpa foi tua, disseste "inocentemente" algo que podia ser facilmente mal interpretado.

Não davas nada para trás. Pelo contrário. Mas pronto, primeiro dia, como é óbvio ela não tá com pressa.

Fiquei a pensar nisso e quando quem me estava a fazer o arranjinho fica cheia de ciúmes e faz um ataque de sedulão. Fico sereno no meio de vocês as duas? Mas então não eramos só amigos, a "outra é uma miuda gira e tal, vê no que resulta" e agora que ela até gostou da trela, ficas com ciúmes? :)

E no final és tu me beijas...a medo. Depois de estarmos enrolados dentro do saco de cama. Não podemos fazer barulho. Ouve-se tudo no parque e já está amanhecer. O pudor e a hipótese de uma segunda tentativa com a "miúda" toldam-me o juízo e fazem-me afastar de ti... Estou curioso para o nosso próximo encontro. Sim, depois do jogo "eu nunca", em que partilhámos muita informação privada ficaste com uma opinião mais bem fundamentada da minha pessoa. E acho que te despertei o interesse. Vamos a ver no que resulta. E se vou a algum convívio de enfermagem no futuro.

(...)

O defeito de falar com amigos pela net e que estão muito interessados na minha vida amorosa estraga um pouco o propósito deste espaço. Como estive a escrever ainda há pouco, sinto-me a repetir o que disse e o objectivo inicial fica perdido. Ou então, apenas tenho que descobrir a melhor forma de verbalizar o que quero.

2009-09-03

Playlist done


Artist Title Length Year
U2 Ultra Violet (Light My Way) 5:30 2002 
Muse Starlight 4:00 2006 
Buzzcocks Ever Fallen In Love? 2:42 2003 
The Cure Just Like Heaven 3:32 2006 
The Killers Mr. Brightside 3:42 2004 
Vampire WeekendA-Punk 2:17 2008 
Modest Mouse Float On 3:28 2004 
The Wannadies You and Me Song 2:53 1996 
Interpol The Heinrich Maneuver 3:32 2007 
10 The Pixies Monkey Gone to Heaven 2:57 1989  
11 New Order Temptation 7:00 1996 
12 The Kills Cheap and Cheerful2:26 2008 
13 LCD Soundsystem tribulations 4:59 2005 
14 Placebo Pure Morning 4:14 1998 
15 Nirvana Smells Like Teen Spirit 5:02 1991 
16 The Smashing Pumpkins Bullet With Butterfly Wings 4:18 1995 
17 Blur Song 2 2:02 2000 
18 The Strokes Barely Legal4:00 2001 
19 James Laid 2:36 1993 
20 Regina Spektor That Time 2:39 2006

Coincidência ou nem por isso?

O regresso de Saturno como possível explicação para o que me está a acontecer actualmente. Faz algum sentido o texto, se bem que acho que estou a sofrer por antecipação catalizado por uma mudança radical na minha vida (sim claro, um post sem falar da minha separação? Mas é tudo doido?)

Ainda devo ter um anito antes da fatídica data. Vamos a ver o que acontece até lá.

Independentemente de ser verdade ou não, achei o texto interessante e faz todo o sentido estar incluído aqui.

Quarta-feira de Avante 2009

Devia estar a fazer uma playlist para a viagem de carro que vou iniciar amanhã. Vou acabar as minhas férias no Avante. Era suposto estar a ter aulas, mas os professores decidiram faltar, sem nenhum aviso e pronto. Voltei às minhas quintas-feiras de Avante. Essa maravilhosa actividade. Mas não. Não estou a escolher músicas para fazer um CD de 70 e poucos minutos.

Liguei o portátil, deito-me na cama e decido arranjar o logotipo do blog. Defini o que devia ser quando estava a conduzir hoje para casa e vejo uma lua quase cheia. Decidi procurar uma imagem que evocasse o que senti ainda há bocado. A wikipedia estava repleta de imagens porreiras.

(...)

Sinto-me a imitar a minha melhor amiga. Ela tem um blog com um pseudónimo, que começou anónimo. Ela recomendou-me a escrita como uma boa forma para lidar com a insegurança/desorientação que ando a sentir na minha vida. Inspirou-me mesmo a seguir por aqui.

Ela escreve poemas, letras com referências essencialmente góticas e soturnas. Embora escreva pensamentos e reflexões do que me acontece, às vezes parece que estou a ir pelo mesmo caminho. Mas apenas em parte. O meu objectivo ainda é pouco claro. Sei, no entanto, que me sinto bem quando escrevo aqui.

(...)

Porque tenho uma vontade enorme que alguém que não me conheça leia isto e comente? Reconhecimento de escrita? Empatia por leitura? Argh, que desespero!

(...)

Vou fazer mazé o CD para amanhã. Já são horas e isto de começar a ouvir Tool ajuda.


***

Listening to: Damien Rice - O

Esta música faz-me sentir saudades de me sentir apaixonado por alguém. Foi-me dado a conhecer por ti, por quem já tive uma paixão no Verão de 2007. Não foste o início do fim da minha relação, e embora nunca te tenha admitido pessoalmente, foste a confirmação do fim. Tal como dizes a alguém que tem uma doença terminal, era uma questão de tempo. Enganei-me durante alguns meses a pensar que conseguiria lidar bem com isso e que nunca falaria com ninguém sobre esse assunto. Até hoje, perto de 400 dias depois. Aqui.

Nâo estou, nem me consigo apaixonar por ti. Simplesmente não iria funcionar. Por causa de mim, por causa de ti. Prefiro ter a tua amizade.

Se bem que é muito parva por vezes :)