2009-11-25

Três dias

Vou entrar amanhã na recta final. Acabei os meus exames na faculdade e agora ando preparar a entrada na minha vida profissional. É engraçado, saber que o tempo está a mudar, que e mudança eminente está cada vez mais perto. E com uma esta mudança aparecem uma série de coisas novas:

- A depressão do meu pai com a reforma. O diagnóstico que faço, embora seja rápido, acho que é adequado à realidade.

Ele sempre se dedicou de uma forma parva ao trabalho, sempre esteve imerso naquele mundo como forma de se sentir útil e realizado. Agora, tudo aquilo acabou. Está em casa, sem obrigações, apenas com os seus sentimentos e a doença de olhos que o impede de ver ler, televisão, pintar ou simplesmente navegar de forma relaxada na net. Portanto, tem de ocupar a cabeça com toda a espécie de pensamentos que, no limite, o levam a estados de preocupação extremos. O pensamento no futuro, na salvaguarda dos filhos, em vez de estar a pensar nele a minha mãe.

Irrita-me tanto, mas não consigo ficar triste directamente com ele. A sua preocupação (na essência) é boa e foca-se demasiado no meu bem-estar e do meu irmão em detrimento do dele. Isso tem que mudar, pois afecta a sua sanidade mental e de quem o rodeia. Admiro a paciência da minha mãe, mas também, após trinta e tal anos de casamento também não é de admirar que a haja.

Enfim, mais sobre isto daqui a algum tempo.

- Operar o meu joelho. Agora começa o processo de luta para conseguir que tudo fique decente com o seguro de saúde que tenho pela minha empresa. Agora dizem-me que se fiz a lesão quando ainda não tinha o seguro de saúde que não estou ao abrigo do acordo. Algo que não me lembro de ver nas condições (interessante, lógico na perspectiva deles, mas é interessante ver como o mundo realmente funciona).

Bem, o ano foi o mesmo em que me lesionei e em que entrei para a empresa (5 anos). Neste aspecto não menti e espero que não me obriguem a dar detalhes, senão vou ter que atrasar a lesão em 2 meses (em vez de ter sido em Julho de 2004 foi em Setembro de 2004, altura da minha entrada). Espero que a data de entrada que indiquei num mail que acabei de enviar seja o suficiente nesta questão parva e que o médico aceite em fornecer a informação adicional que eles pedem. Meti-me nisto e agora tenho que levar o processo até ao fim. Mais cedo ou mais tarde ia ter que tratar disto.

E assim começo a entrar na fase nova. Sem certezas, sem saber o que vou fazer, como vou trabalhar, como vou viver.

Mas… até estou confiante.

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