2009-09-29

Prima Donna

Consegui rever o trabalho de casa antes de vir para aqui. E vou ver o novo episódio do Dexter quando acabar de escrever este post. Por isso, Resisti novamente à tentação. Fico contente. Já estou mais bem disposto agora. Consegui conciliar obrigação e lazer (ainda pode melhorar, mas hoje não tenho culpa que a consulta tenha demorado 2 horas! Ah e o médico recomenda a operação. Já estava à espera... mas tenho que dormir sobre o assunto para falar decentemente nele).

Agora até estou a pensar em trabalho. Tenho um trabalho para apresentar esta quinta-feira que vou ter de fazer em conjunto com um colega do curso. O enunciado é muito completo(!):

The goal is to make a 30 minutes presentation (including time for discussion) on the topic: Communications. It is up to you to define the contents and the approach to follow for the presentation (be imaginative). You can base your presentation on the readings provided for this module or use any other sources of information.

Portanto... posto isto: Estou perante aqueles trabalhos em que enunciado delega toda a responsabilidade de definir o entregável nos alunos (são grupos de dois), com o mínimo de esforço possível no corpo docente. Deve ser para não terem trabalho. E para sermos avaliados de forma decente, estou a ver que temos de puxar bastante pela imaginação e, já agora, tentar encontrar algo que seja interessante e cativante para as outras pessoas da aula, ou então não, que se lixe...

Bem... pessoas dedicadas devem conseguir (ou pelo menos tentar) fazer actividades menos... errrr... aborrecidas(?) para os restantes elementos da turma. Pessoas pragmáticas devem fazem um resumo das leituras, com 10 minutos de discussão no fim. Oba. Oba.

Eu tenho o hábito de tentar fazer coisas diferentes. E já tive uma ideia para acrescentar um jogo para roubar tempo... hehehe. Vantagens de ser dedicado e pragmático ao mesmo tempo. Vamos a ver o que o meu colega diz da ideia amanhã.

(...)

É engraçado. A forma as pessoas mudam. Estou a falar de mim. Ele seria última pessoa com quem quereria fazer um trabalho no início do curso (*). Extremamente agressivo, assertivo - no mau sentido - e "convencido". Mas passado uns semestres o pessoal começou a dar-se bem, a experiência fora do país obrigou-nos a conviver mais, tipo "tropa". E, de certa forma, fiquei confidente dele em relação a umas questões parvas relacionadas com o grupo de trabalho que ele tem (estamos em grupos diferentes - cada um com a sua ovelha negra).

Éramos dos poucos que saíamos à noite lá e nessas saídas aproveitávamos para por muita cusquice em dia. Depois começou a mostrar outra faceta, mais divertida. Mais parva - no bom sentido. E eu baixei as defesas, lentamente. E chegámos ao ponto em que quando estamos a fazer a contagem para as saídas, achamos óbvio que o outro saia.

É engraçado como o conceito do "inimigo em comum" ajuda as pessoas a aproximarem-se. Foi, sem dúvida o que aconteceu no nosso caso. Essa situação proporcionou oportunidades para falarmos noutro contexto, sobre outros assuntos e percebermos o que tinhamos em comum. Mas, mesmo assim, tenho que admitir que quando o Professor disse em voz alta os grupos que iriam trabalhar em conjunto, fiquei com alguns calafrios. Por ter de ir trabalhar com ele - será que vou perder a boa impressão que tenho agora? Espero que não... e acho que não. Vamos a ver. Não tenho as defesas completamente baixadas, é óbvio.

Mas, fiquei muito aliviado por o inimigo em comum ter passado ao lado.

Aí é que eu me passava e provavelmente nem falaria da minha vida sentimental aqui, de tal impressão que aquela pessoa já me fez. Passaria tempo a dizer mal dele? Eh pah, gostava de pensar que não. Também gostava de passar por cima, mas não consigo. O gajo não tem bons princípios e faz-se de parvo. De desentendido e com desonestidade não lido nada bem. Passo-me. Perco o controle (interiormente). Por fora fico simplesmente mais calado.

(...)

Ah, hoje chamaram-me de "bom actor". Foi, penso eu, uma tentativa de sedução por parte da uma meninas do Avante. Qualquer dia desafio-a para um café. Mas isso não seria muito bem visto pela minha outra amiga...

ah, é claro que tinha que colocar aqui uma referência para a telenovela - há coisas que sou bastante previsível :)

(*) - Estar no que é considerada num curso académico de "topo" (as palavras não são minhas - na realidade tive um choque com a realidade e o jogo das aparências muito interessante) aumenta em muito a probabilidade de lidar com primas donnas (há tantas na informática!):

Although whether they are truly more vain or more hot-tempered than other singers (or than any other people in the opera houses) is not substantiated, the term often describes a vain, obnoxious and temperamental person who, although irritating, cannot be done without.

(aqui substituir singers por profissional - texto retirado do wikipedia sobre a entrada que menciono antes).

Eu, aparentemente, tenho uma paciência de santo para lidar com "elas" (eles). É o que me dizem. Tem a ver com o meu feitio. Hum... disserto sobre isto noutro dia, estou a ficar demasiado cansado para escrever palavras que façam sentido.

(***)

Listening to: The Boxer Rebellion - Union

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