2009-09-27

Faz hoje um mês

Ontem foi "estranho". Passou-se tanto. Por onde começar... bem... se calhar havia de acabar o trabalho enquanto não me dás notícias (afinal, foi por isso que abri o computador). Bem, posso começar pelo fim.

Chego a casa bravo da vida com a minha mãe. Telefonar às 7h30 a perguntar por onde ando? Eh pah... eu percebo, mas porque nos foi interromper? Sim, foi pelo melhor, já era tarde. Estavamos perdidos no meio de nada, pinheiros à volta - o típico cenário de slasher movie de hollywood. Já lá vão uns tempos. Mas, eu tenho casa. Não aprecio particularmente esse tipo de aventuras porque não dá para me libertar totalmente. Há sempre algum constrangimento de "ah se alguém?" Mas, por outro lado, é isso que também piada não é? Mas foi giro. Interessante. E antes de me levares a casa fomos tomar o pequeno almoço. Outro, juntos.

Sem dar por ela, vejo que ficamos mesmo muito perto um do outro. Com aquele olhar. E assustei-me. O que é isto? Enviaste-me uma mensagem a dizer que é normal, é apenas o "mel" natural desta fase. Que não nos devemos preocupar. Apenas aproveitar. Eu percebo, aceito e depois de uma noite pouco dormida (foram só 5 horitas) faz mais sentido. Mas, estou ansioso por regressar contigo.

(... Ando a ficar "needy". Raio para as hormonas pá!)

Antes de irmos para o místico local que ainda não faço puto de ideia onde era, saímos da discoteca. Mais outro date. Mais um passo de dança. Não correu bem, não estava a atinar com o ritmo. Penso que no passado me safava melhor. Ou então sou mais consciente agora? Enfim, o antigo DJ do (nome censurado - afinal isto ainda é um blog anónimo) lançou novamente os foguetes em todas as direcções. E tivemos o nosso momento. Passou Deolinda e Oquestrada. "Expectaculare".

E não tivemos problemas em nos beijar à frente de toda a gente. Do meu grupo de amigos. Que por 3 segundos não nos surpreenderam. Eh pah... eu por mim não tenho nada a esconder cá. Não vivo cá. Passo apenas cá alguns dias. E pronto. Teve que ser.

Não sei quem começou. Sinceramente que não. Provavelmente os dois ao mesmo tempo (somos parecidos nisso). Depois de termos disfarçado perfeitamente à frente do pessoal na festa de aniversário. Quer dizer, andaste a fazer da tuas, na rua, sem ninguém ver. E eu alinhava. A adrenalina é demais. Quer dizer, desconcentro-me e perco o jogo de Poker. Mas não o bluff. E também foi bem divertido ganhar-te ao karaoke, sempre na recta final.

Antes de me vires buscar tive um jantar com o meu grupo de amigos (o mesmo). E tive que ouvir umas engraçadas:

Ah estás tão giro de camisa. (uma camisa preta que arranjei para sair à noite!).
Porque é que estás tão arranjado?
Mas tens novidades?
Tu és um lobo com pele de cordeiro, e elas adoram isso.
Estás para o engate?

Mas a frase que me matou foi:

Estás diferente. Com mais confiança no olhar. Bastou-me olhar para ti naquele instante. Estás bem?

Bem... sinceramente não percebo o que mudou. Quer dizer, percebo, mas não o sinto. Não me sinto diferente. Não me vejo a agir de forma diferente. Acho que o mundo alterou a percepção que tem de mim e depois diz que eu é que mudei. Sim, ando a matar a saudades. Ando a trabalhar um pouco para o ego, mas, por exemplo, nem imaginam a influência que tem a escrita neste espaço. Da adrenalina que ando a sentir diariamente quando vou ao Google Analytics ver quem andou a ler as minhas palavras.
Desculpa, mas não és apenas tu. Ando a pensar mais. Reflectir mais. Já me conhecia bem. Mas acho que me ando a conhecer melhor.

Apetece-me dizer, "nem fazem ideia... nem fazem ideia".

Quer dizer... existe uma pessoa que faz (Olá!), mas sabe-me bem guardar este segredo que hoje faz um mês.

(***)

Listening to: Arctic Monkeys - Humbug

a imagem tem lá o copyright, mas em qualquer do casos aqui vai. Mahesh K Bhat no site kalaalog.com, neste post.

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