2009-09-22

Nova distracção

Aulas. Estou em corpo, mas não estou mente. Distraio-me com a Ana (penso que é um nome suficientemente genérico para impedir identificações concretas).

Mais uma vez dou por mim a pensar no "E se?".

Primeiro concentro-me nas coisas que me desagradam. Como piscas os olhos quando contas uma história - parece que vais ter um ataque epiléptico. A velocidade que atinges quando falas muito depressa. A tua teimosia - és *tão* teimosa, mas já vi pior.

Não te conheço assim tão bem. Geralmente considero que consigo ler rozoavelmente bem as pessoas e penso que a tua essência não me vai surpreender.

Isso leva a concentrar-,e no positivo. No teu cabelo. Nos teus olhos. Na forma como já consegui conversar contigo no passado.

Já te acompanhei diariamente durante uns meses e ajudei-te bastante. Mas eras (és) uma colega do trabalho e isso não me é nada confortável (já não gosto de grandes misturas de prazer e trabalho e isso iria totalmente contra os meus princípios - se bem que gostaria de ver a minha atitude se fosses tu a aproximar-te).

E não me aproximei da última vez que estive contigo. Acho que já andas ocupada... será agora isto uma desculpa que conto a mim mesmo para me fazer sentir melhor? Bem eu vi-te ao agarrada ao telemóvel por diversas vezes. Com aquele olhar.

E apercebo-me que devia voltar a prestar atenção à aula.

(***)

Admito, enquanto namorava era calado. Não me pronunciava (ou muito raramente me pronunciava) sobre as outras. Mas fantasiava (e continuo) a fantasiar muito. O facto de namorar era bom um "reality check" porque não podia fazer nada. Era comprometido. Podia ser eu à vontade, porque não estava a tentar nada.

Sou considerado "respeitador, calmo, inofensivo". Mas nem todos são enganados assim tão facilmente... e ainda bem.

(***)

Listening to: White Lies - Death

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