2009-09-13

A falar contigo.

Pois é. Já há as brincadeiras de "... olha ali o teu cunhado" quando tu passas por um cartaz do meu irmão. Confessas-me enquanto escrevo este texto aqui no hostel e aguardo pela tua conversa na outra janela. Não sou o único agarrado no computador. Na realidade vejo pelo menos 5 pessoas agarradas a Iphones, outros tantos no portátil (sem contar comigo) e uma, ou outra pessoa estão parados no seu local a olhar em volta. À procura de contacto visual com outras pessoas. Faz sentido, Domingo à noite, num bar de um Hostel, numa cidade que não tem necessariamente muito para fazer. Encontrar alguém para falar.

E eu, estou aqui a 2000 e tal km de distância de ti a falar pela net, enquanto estou numa sala em que conto 5 pessoas há espera que alguém inicie uma conversa. Posso estar enganado, podem estar aqui simplesmente a fazer tempo, a descansar da noite anterior, mas algo me diz que não. Mesmo eu que estou em grupo e a falar por aqui senti sempre esta necessidade de falar com alguém. Conhecer pessoas novas, em ambientes diferentes. Treinar o inglês, ficar a conhecer outras coisas. Mas não... hoje prefiro estar a aqui a escrever. Já lá vão duas semanas e confirma-se a criação deste novo hábito.

(...)

Ando a pensar em ti. Não te quero magoar ao não corresponder a uma imagem que estejas a criar sobre o que quero para nós. Até ao final deste ano estou mais perto de ti. Depois a logística complica. E gostaria de experimentar uma amizade colorida sem ser em regime de exclusividade. Pode ser "roto" ou "à frente" dizer isto, mas é a verdade. Não me quero prender. Não agora que estava a começar a ficar bem comigo mesmo. Realmente é verdade: "No dia em que deixares de procurar, irá bater-te à porta". Tudo bem, foi de algo que já estava pseudo-iniciado e que, verdade seja dita, eu acreditava que tivesse portas para andar (ou seja, não houve grandes novidade) mas, mesmo assim, confirmou-se a teoria. E tiveste que sentir ciúme para avançares... O território é uma coisa tramada... Achas bem? :)

Mas gosto de estar ao pé de ti. De te tocar. De começarmos a explorar esse território. É normal não é :)
(...)

Agora estou num quarto, rodeado de engenheiros informáticos, cada um agarrado ao seu computador (não há conversas de grupo - já nos conhecemos bem e isto é uma estadia conjunta circunstancial). Mas entristece-me esta imagem.

(...)

Hoje não estou a ouvir nada. Estou a descansar a cabeça. Continuo a escrever enquanto ganho sono.

Sem comentários:

Enviar um comentário