2009-10-19

Desabafo

Depois de falar contigo decidi fazer o acertado. Soube mesmo bem. O diálogo interno que este espaço permite, por vezes deturpa-me o bom senso. Não me respondem aqui, não me fazem ver o outro lado. Continuo aqui, com os meus devaneios, no privado, no meu mundo, onde posso dizer o que me apetece. Sem consequências. Por isso é que gostei de ter arriscado ter-te dido o que disse hoje. Mostrei um lado humano, imperfeito, contraditório e tu, falando pouco, dizendo o óbvio - o que já está à espera, não me deixaste ignorar o que considero decente em mim. Não o fizeste propositadamente e nem te apercebeste do efeito que tiveste em mim. Por isso, não vou continuar a aumentar esperanças erradas a quem não as merece. Vou ser honesto, cordial e doce, na medida do possível. Não lhe vou falar de nós. Não vou deixar de falar com ela. Vou tomar este e outros cafés com ela. Quero falar com ela e perceber o seu mundo. Mas também não a vou trazer para esta "brincadeira" sem ela saber. Nós tomámos a decisão conscientes do que estavamos a fazer. Ela não e isso não é justo. Independentemente das experiências novas que pudesse viver. Existem sempre consequências para os meus actos, por mais que queira ignorar isso. E uma das coisas que quero é continuar-me a olhar ao espelho sem sentir vergonha.

Há uns meses que ando a consegui-lo e gosto bastante da sensação.

(...)

Agora vou ver o Dexter. Nada como ver a história de um psicopata que é bom da fita, para me fazer sentir bem comigo mesmo.

(***)

Listening to: O ventilador da UPS dos meus pais a trabalhar.

Sem comentários:

Enviar um comentário