2009-10-16

Hey!

Bem, já entreguei um dos trabalhos e só já faltam 12 dias para a tese. Faltam-me ainda umas páginas, mas já vi a coisa em pior estado. Uma parte importante já está iniciada e, com um pouco de sorte, vou acabá-la hoje. Claro que antes decidi vir aqui. Bem, a culpa foi tua.

(...)

Gosto de falar contigo - ontem foi um bom exemplo dessa situação.

Quer dizer, abusei desse facto! Na discoteca já não tinha bebido muito - acabou por ser durante 1hora e meia com apenas o consumo de 2 Sagres, o que deu perfeitamente para depois pegar no carro para te levar a casa. Um pouco alterado... detesto conduzir alterado, mas julgava que era só atravessar a ponte, mas não. Aquilo era LONGE! Mas pronto, perdi-me no regresso, num cruzamento tive que tentar as quatro hipóteses. Enfim. Avisaste-me e eu só queria ser simpático, o gaijo porreiro. Mas, como sempre, acho que o fui. Não tentei nada, quer dizer, gostei da forma como os nossos corpos ocaionalmente se tocavam (acidentalmente?) ao ritmo da música no meio da pista de dança, mas não fiz nada do que isso. Provavelmente lancei um, ou outro, olhar meio lascivo mas não tenho culpa de, por vezes, me distrair e deixar levar.

És muito novinha é verdade, mas gosto da forma como falas comigo do que te incomoda. Não és superficial e ligeira. Queres impressionar-me com a tua complexidade - que é honesta, não é fabricação. Eu gosto do que isso me faz sentir. E ofereceste-me um livro que não estava à espera. Gostei do pormenor de teres oferecido a versão original em inglês. De te teres dado ao trabalho de escolher uma prenda. Aliás, como todos. Toda a gente fez isso... fiquei mesmo contente.

(...)

Onde ia? Pois vim para aqui porque estava a falar ao mesmo tempo contigo pelo google talk. E pensei, olha já que não me vou concentrar, porque não ir directamente ao meu local de eleição pensar um bocado sobre ontem à noite? Levantei-me tardíssimo (15:34?!), mas consegui dormir bastante. E nem acordei muito mal. O chá verde ajuda sempre (ui, acabou-se, preciso de ir comprar mais rapidamente) e estou aqui sentado nesta secretária a tentar concentrar-me. É complicado. Penso em ti e tenho a sensação que se hoje tentasse alguma coisa (nada mais do que um beijo - estou a assumir que não tens mais à vontade do que isso) iria correr bem. Então depois de estar a falar contigo, com mais certezas fiquei. Já mandei uma cabeçada eloquente contigo no Avante. Voltar a tentar outra vez? Penso nas possiblididades, mas não me sinto confortável a aceitar um simples "porque não?"...

A outra vem cá hoje depois do ensaio em que tu também participas... a outra, soa tão mal dizer isto que tive que colocar em itálicos para err... melhorar o aspecto do texto.

(...)

Não és "outra" no sentido de te estar a menosprezar, é pelo facto de não poder dizer nomes e pelo facto de aquele parágrafo não te ser dirigido (agora sim, agora pensei em ti e fiz uma nova secção). Se ela soubesse de nós tenho a certeza que ontem não tinha vindo. Não tinha falado comigo pela internet. A ti não te menti... ainda questionei como abordaria o tópico e, para espanto meu, simplesmente disse a verdade. Ela convidou-me para um café na quinta. Eu na quinta já tinha combinado o jantar cá em casa. Já tinha ponderado quem poderia vir (vocês as duas estavam na lista) e atirei o bairro à parede. Ela aceitou, para espanto meu - estou a falar a sério e chegou, pontual, simpática, relativamente conversadora e bem-disposta. Se tu estivesses cá, acho que entraria no modo de timidez. É uma assumpção confortável para justificar o facto de nunca te ter convidado explicitamente, mas que tu aceitaste. Sempre te falei do jantar com os erasmus na quinta. Nunca te auto-convidadaste. E depois achaste uma piada enorme quando soubeste que ela vinha.

Quer dizer, eu não estou a gozar nem com ela, nem contigo, gosto de estar convosco e se me perguntassem agora: "Querias envolver-te com as duas ao mesmo tempo?" eu, provavelmente diría que sim. Sei que não estou a ser consistente com o que disse há bocado, mas com este sim vem também um grande mas... Sim, mas apenas se ninguém se magoasse - fosse com uma, ou outra (aliás, uma já é) teria de ser uma relação sem qualquer tipo de compromissos - a não ser honestidade, paridade e respeito. Agora, prazos... não. Ainda não sei se apenas com uma isso vai ser possível - estou com um bom pressentimento, por isso imagino com duas... E tu sabes dela (com total respeito pelo que conversamos - sou um túmulo)... mas sei que ela nunca iria aceitar se soubesse que ando enrolado contigo.

Por isso é que este Sim, mas... é algo que dificilmente acontecerá. Mas, pelo menos um novo café haverá para a semana. E tu, como irás reagir a este novo plano?

(***)

Listening to: a selecção dos 80-90 que fiz da última vez que passei música. Ah e já me decidi. Vou comprar a outra placa de som para facilitar o processo de passar música. Eh pah. Pareço um puto.

nota sobre a imagem: Procurei no google images por um bolo de aniversário negro (para ser fiel ao espírito do blog) e descobri esta imagem do site http://www.deviantart.com/ do autor LMarkoya. A página original está aqui.

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