2009-10-02

Locais públicos


Já faz algum tempo desde que faço um post num local público. Não sei se estou certo, mas acho que o último que iniciei foi na biblioteca camões em Lisboa, há perto de um mês e qualquer coisa. Sim, na altura em que este blog estava ainda no outro local e ainda estava a tentar perceber o que queria fazer com ele. Agora acho que já sei, sinto que já defini um objectivo, que ainda pode ser mais pormenorizado… ainda está um pouco vago e abstracto, mas no fundo sei que quero que te vou usar como espaço reflexivo sobre o que me acontece na vida. Ao pensar enquanto escrevo, ao descobrir o significado mais íntimo que surge das palavras, espero perceber melhor o que se passa (o que se passou à minha volta) e agir de uma forma melhor no futuro. Que seja melhor para mim, que seja melhor para os outros.

Parece-me que quando escrevo os pensamentos que estes persistem durante mais tempo. Não é uma alusão à persistência "garantida" pela Internet. Simplesmente, vivem durante mais tempo na minha cabeça. Surtem mais efeito… ou pelo menos marcam-me mais. E eu gosto disso. Parece que fico com a consciência mais apurada.

(…)

Bem… lá está, eu ia simplesmente relatar o sucedido de ontem e o que planeei para hoje, mas tens vontade própria. Não vale a pena fazer grandes planos contigo. Vim aqui, inicialmente para comprar roupa – estava a limpar o calçado que ando a usar (de onde vem tanto pó?!) e a escolher a roupa que ia usar hoje de noite, quando me dá um impulso… mas estou a falar de um *grande* impulso de vir às compras – camisa, calçado… "armas de engate", arranjar-me, aprumar-me, colocar-me numa situação em que reparem em mim. E que alguém tome a decisão de avançar e iniciar um diálogo comigo. Pensando bem, não me lembro de alguma vez isso ter acontecido numa discoteca - estou a descartar todas as situações irrelevantes como cravanços de cigarros, lume e conversas parvas. Falo, simplesmente, de estabelecer contacto visual com alguém, criar um momento de química e deixar-me ir. Num bar penso (não tenho a certeza) que já o fiz… já… mas agora no meio da pista de dança nunca ultrapassei a questão dos preconceitos/limitações que coloco a mim mesmo. Ontem demorei demasiado tempo a fazê-lo, mas acabei por conseguir.Extremamente rápido no ínicio, a ponto de despertar a curiosidade… acho que foi consciente a técnica… e depois aproveito o facto de ter deixado as portas da comunicação abertas, foi fácil, rápido e indolor passar para o "E então, como te chamas?". Tentei sacar o número de telefone… da primeira vez não, simplesmente foi um havemos de nos encontrar novamente por aqui. Mas depois, tenho de fazer uma nova tentativa (empurrado por ti! J).

Não adiantou, claro… mas foi da maneira que memorizei o teu nome, cara e profissão. Não sei se te vou encontrar novamente… provavelmente não. Mas, se por acaso acontecer não vou hesitar. O pior que pode acontecer é não te lembrares e nesse caso só tenho que me apresentar novamente.

(…)

Claro que existe e vai continuar a existir a ligação à minha vida sentimental. A contradição de estar a falar sobre o que mais íntimo há em mim no meio de tanta gente é particularmente agradável.

(***)

Esqueci-me de por música a tocar. Mas acho que vou tirar meia horita para acabar um trabalhos que estava a fazer. E depois zarpo para casa. Vou dar uma beijoca aos meus pais e depois ir para mais uma noite, agora noutra cidade, ter com o meu melhor amigo. E, mais uma vez, ficar a conhecer melhor o território desconhecido dos 30 anos (porque caraças é que agora estou a falar com frases com sentidos dúbios armados em pseudo-importantes!?). Enfim, combinei "combinar" um encontro logo com a minha amiga mais velha que eu pronto, já que vou estar na sua cidade! Vamos a ver o que acontece. Agora tenho de trabalhar um pouco.

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